sábado, 29 de janeiro de 2011

A CRÔNICA ... e o Cronista

            O cronista é aquele que tira do seu cotidiano assuntos para estampar em seus textos.
            Revela, nas mais das vezes, assuntos pessoais, mesclando com outros de seu convívio, retratando situações com amigos, vizinhos ou por mera observação.
            A produção do cronista, se ele realmente se dedicar a escrever todos os dias, é extremamente farta.
            Tenho dito, à exaustão, que a palavra não se esgota. Pode-se dizer ou contar o nascer do sol de diversas maneiras e sempre poderemos utilizar novo vocabulário, sobretudo na língua portuguesa, que tem a felicidade de mesclar e incorporar vários idiomas, face ao mosaico de etnias existente no território brasileiro por causa das inúmeras migrações.
            O cronista, então, revela fatos acontecidos ou pode até imaginar outras situações tomando um fato real como exemplo.
            Cenas de infância lhe vem à mente e ele a descreve como se ainda estivesse vivenciando.
            Como no caso deste espaço que criei – diga-se de passagem, em boa hora – para, no dizer de T.S.Elliot – “me livrar das emoções” – local onde posso, ao sabor do dia ou da madrugada, horário em que a inspiração se revela, poder despertar em mais um dia e produzir meus textos e, consequentemente, postá-los.
            Ser lida e comentada tem se tornado para mim, nestes últimos dias, um prazer gratificante.
            Embora os amigos, pouco versados em lidar com a internet, não saibam como colocar seus comentários no espaço destinado a isso, talvez por terem que preencher fixas e isso acarrete um certo medo de se expor, tenho recebido muito carinho por email, fora do blog, e com comentários e análise sobre o que postei.
            Há aqueles que dizem simplesmente “tia, gostei”. Sei que este gesto é a expressão correta de quem me escreveu, pois a figura é da família e este “tia, gostei” é um bom sinal de sinceridade, sem que a pessoa se derrame em elogios gratuitos, por vezes.
            Assim, este período tem sido fértil na minha escrita e estou a cada dia catando dentro de minha alma, fatos que ficaram calados, mas que agora a internet me oportuniza a assim agir, colocando pra fora todas as palavras guardadas e não expressadas.
A cronista, autora deste blog, então, penhoradamente agradece a atenção, o carinho e se quiserem postar na tela do blog, algum comentário, muito que bem, se não quiserem, não se preocupem em me agradar. Sei do carinho de todos e, com isso, já me aconteceu algo muito bom – livrei-me das emoções - .
Ler ou não ler, that´s the question.
Obrigada a todos.
Maura Soares
Aos 29 de janeiro de 2011, 06.55h, manhã – horário de verão
(escrito, como de hábito, nas primeiras horas do dia, quando o trânsito lá fora ainda não começou com intensidade e a luz da aurora invade o meu quarto e a brisa da manhã se despede com o calor do sol).

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