sábado, 29 de janeiro de 2011

SÓ ASSIM...

            Só assim a vida se apresenta. Com o amor não há argumentos, ou você ama ou você odeia. A indiferença não é amor, a amizade não é amor. Amor é doar-se, é estender a mão, é entregar-se à paixão, é amar a cada dia nas pequeninas coisas, nos risos mais bobos, nas mancadas que o companheiro ou companheira faz durante o dia.
             Amor não é só ficar lado a lado, amor é tocar-se, é abraçar-se, é conversar sobre todas as coisas mesmo as mais bobas, as mais incompreensíveis e rir do riso e até derramar o pranto quando a tristeza bate em um dos dois sem explicação.
            Amar é estar. Amar é permanecer. Amar é ajudar. Amar é amparar. Amar é desapegar-se dos bens materiais. Amar é também romper com a pessoa que se diz amar, mas que o que tinham estava se tornando em um arremedo, daí ambos vão viver outras vidas, outros amores, outras compreensões, outros olhares, outras bocas para beijar.
            Amar o amor, enamorar-se do sol, da lua, do vento, da planta, do riso de uma criança, das rugas de um idoso, estender a mão ao caído, dar o anzol para a pessoa pescar, jamais o peixe para não criar pessoas sem amor-próprio, sem dignidade, sem perspectiva na vida.
            Amar é trabalhar, é inventar coisas pra fazer não pra ocupar o tempo ocioso, mas para cumprir seu papel na sociedade. Amar é olhar um olhar pousado no seu e infiltrar-se nele até descobrir qual o sentimento que leva a pessoa a olhá-lo e, a partir daí, dar as mãos, fazer um poema, declamar mesmo que se esqueça dos versos. 
            Amar é ler bons livros, é educar-se, é procurar o significado das palavras desconhecidas, não para se exibir, mas para adquirir conhecimento. Só o conhecimento, só a instrução leva à evolução, leva à eternidade para outras encarnações mais evoluídas.  
            Amar o amor, esta é a lei divina. Esta é a lei que move a humanidade. Infelizmente há pessoas que não pensam assim, distribuem somente coisas superficiais, não dão o verdadeiro amor, aquele que nada pede em troca, aquele que ama sem nome, aquele que está em toda parte, mas o ser humano, egoísta, não vê ou não quer ver, pois não se doa, não quer mostrar suas veias, não quer desnudar-se.
            Só assim, amando o amor a vida terá sentido.
            Maura Soares, em momento de inspiração, aos 8 de abril de 2010, 17.50h

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