terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

DESOLAÇÃO
E o cansaço tomou conta do poeta.
Sentou-se na beira da cama.
Desolado, colocou as mãos no rosto.
Um soluço ficou preso na garganta.
Onde está a mulher que jurou amá-lo?
Onde estão aqueles olhos ternos,
aqueles beijos cálidos,
aqueles afagos,
aqueles entrelaçamentos de pernas?
Para onde foram as carícias?
Sabendo as respostas, mas sem admiti-las,
o poeta ficou a cismar a separação.
Inevitável.
Embate de egos. Nenhum cedeu.
Separação.
Porque a angústia?
Por que este grito ainda preso na garganta?
Levantou-se, boca amarga,
gosto de dor, desolação.
E agora? Nada mais importa.
...
Espanto de transeuntes.
Só o som do corpo destroçado na sarjeta.
Maura Soares
Aos 21 de fevereiro de 2011, 23.10h

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