terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A PONTE DE TODOS NÓS

            O caderno especial “Ponte Hercilio Luz”, encartado no Noticias do Dia de 30/31  de janeiro 2010, editado por Carlos Damião, a quem já tive o prazer de cumprimentar por sua coluna e seu trabalho jornalístico, é o tipo de material que tem que se guardar para futuras pesquisas.
            Ao longo de minhas leituras em jornais da capital, tenho colecionado os cadernos que falam sobre a ponte, sempre na época de seu aniversário, 13  de maio (todos os cadernos já se encontram no acervo do Instituto Histórico). Os outros cadernos falam da ponte, contam a história, mas ainda não havia a esperança de uma melhora.
            A Ponte era o caminho por onde passávamos – toda a grande família Soares -  para visitar nossa avó que residia no Estreito à rua Raimundo Corrêa, casa da qual tenho boas lembranças.
            Este caderno sobre a Ponte também me recorda a obra da Profa. Djanira Andrade “Hercílio Luz, uma Ponte Integrando Santa Catarina”, que cita o nome do meu pai, João Auta Soares, a quem entrevistou, pois ele trabalhou no pedágio da Hercilio Luz, pois suas declarações foram importantes para a pesquisadora. O nome de meu pai  também foi citado pelo escritor Sérgio da Costa Ramos em uma de suas crônicas a respeito da Ponte.
            Agora, a Ponte Hercílio Luz inaugurada em 1926 e, como meu pai dizia, projetada para passar trem dada a sua solidez, volta à baila para servir como elo de ligação a um trabalho social em campanha da RIC RECORD, RECORD NEWS  e NOTICIAS DO DIA, de suma importância, a de angariar em um curto período de tempo, um valor para somar no auxílio de uma menina – Isabeli – para que ela possa fazer a tão sonhada cirurgia na China e possa voltar a enxergar.
            Creio que Isabeli já enxerga com os olhos do espírito tamanho o carinho com que muitas pessoas da sociedade estão se cotizando para ajudá-la.
            A Ponte que já serviu de tema para filmes, música e documentários, está há quase 30 anos no compasso de espera para sua recuperação.
            Ora em coma profundo, ora em coma induzido, conseguiu abrir parcialmente os olhos para servir a Isabeli e ambas, quem sabe, poderão enxergar a vida que corre célere lá fora, lá onde o vento sul bate com mais força, trepidando sua passagem e onde, com certeza, se Deus quiser, logo logo estaremos passeando sobre ela, pois como diz o editor Carlos Damião a “Recuperação (está) na reta final”.
            Que Deus o ouça, nobre jornalista e que os Anjos digam “Amém”, tocando a música de Luiz Henrique, o Rosa.

Maura Soares
Academia Desterrense de Letras
Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina
Grupo de Poetas Livres

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