Mulher (parodiando – Carmo Vasconcelos).
“Sempre a sorrir e contente”
Num ego terráquio em fendas.
Mulher, como a natureza,
precisa cumprir suas sendas.
Deus as dê vida longeva!
Pois já começou com Eva.
Traiu Deus por trás das vendas
e o Adão com esperteza.
Seja lá o que quer que seja
nem sempre agrada ao sagrado.
Os céus esperam vitória,
mas o inferno está nutrido.
Isso é lindo na poesia,
fraco na filosofia.
Há muitos pais e maridos
e muitos filhos sem glória.
Sem dúvida é um fardo triste
Várias jornadas e lidas.
Mas conselhos! Nem pensar.
Nem mesmo quando há feridas.
...“amanse-se mais nos seus filhos...
- Disse Nietzsche em estribilhos -
...do que aos próprios...”, sem guaridas.
Há um zelo por profanar.
Há santas sem ter maridos,
sem ter filhos para o mundo.
Outras frustradas, sem tê-los.
Pode até doer, no fundo...
Mas, há de pensar-se o fardo.
É o profano ou o sagrado
que temos que olhar no mundo?
Corpos e almas... Quais provê-los?
Há as que cuidam do lar
sem fadiga e correria:
mãe, mulher, esposa, gente,
assim como foi Maria
que ouviu a prima Isabel.
Ambas de mãos para o céu.
Ato de pura alegria
na calma de um Deus presente
As sete vidas dos gatos
São dobras de um mesmo véu.
são sete corpos num só,
que vão da matéria ao céu,
por evolução do ser,
porque é obrigação crescer.
Independe do papel.
Até o corpo virar pó.
Fica claro que a mulher
Merece sempre o olhar
Como Jesus quis e quer.
Fez Madalena sonhar.
Se Jesus não a culpou
Compreensão não faltou
Tu és sinônimo de amar
porque nasceste mulher.
Cacildo Silva
Grupo de Poetas Livres
Aos 5 de março de 2011
Muito obrigada, Poeta Cacildo Silva.
ResponderExcluirEncantada com a sua criativa paródia ao meu poema. Haja inspiração! Aplausos!
Abraço
Carminho