sexta-feira, 6 de maio de 2011

Poema de 2010, já meio farta de tanta pieguice com o nome de Mãe. Saiu este poema às 4 da manhã, acredite quem quiser, mas é nesta hora que a inspiração me acorda. Fazer o que? Pego a prancheta, caneta e mãos à obra. Volto a dormir e pela manhã revejo.

PARA TODAS ELAS
Acordo, na madrugada fria
Lembro que é domingo, um domingo de maio
Dedicado às mães
Que mães?
As da Praça de Maio
que ainda choram a falta dos filhos?
As das favelas das grandes cidades
que em sobressalto aguardam seus amados voltarem da rua?
As mães de assaltantes,
bandidos, assassinos cujo vício os levou à prática de crimes?
As mães que vivem em luxuosos apartamentos,
mas que deixam seus filhos largados à procurar animação em boates?
As mães que oram junto a imagem de Cristo
pedindo paz ao mundo?
Não importa qual tipo de mãe se apresenta:
mãe é mãe em qualquer circunstância
até naquela mãe que para não sofrer como ela,
 abandona o filho recém nascido num lugar qualquer
ansiando pela caridade alheia e um destino melhor para a sua cria
Mãe é mãe: a que ampara, a que acarinha,
a que chora a despedida, a  que ri, a que grita,
a que silencia, a que dança, a que se agita,
a que caminha, a que faz poesia,
a que conversa, a que trabalha.
Tantas mães numa só Mãe.
Na dualidade do universo, no criar os seres
para a perpetuação da espécie,
 Deus criou um ser que com seu jeito aliviaria a dor do mundo
se assim fosse permitido:
Deus criou a Mãe!
E assim disse:-  homens, aí está alguém que não deseja guerra,
 mas a Paz; que não deseja tristeza,
 mas alegria; que não deseja desespero,
mas esperança; que não deseja ódio,
mas o amor.
Só o amor constrói,  frase dita e repetida inúmeras vezes,
mas só as mães avaliam e seguem esse preceito divino
Só o AMOR constrói
 – o amor da necessidade do ser amado ao seu lado,
o companheiro das lutas
O AMOR das suas crias ao seu redor
em dias alegres, tristes ou festivos
O AMOR do Cristo para todos
 em toda a ETERNIDADE!
Aos 9 de maio de 2010 – 4h –madrugada

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