terça-feira, 14 de junho de 2011

Publiquei o relatório do concurso, agora as minhas considerações.

MUITOS OS ENVOLVIDOS,
POUCOS OS ESCOLHIDOS

            Quando um grupo de poetas lança na internet um concurso de poesia e apregoa um tema, dando um prazo reduzido para que os internautas participem, embora o tempo reduzido, muita coisa boa é produzida e enviada.
            Estou no Grupo de Poetas Livres quase desde sua fundação em 1998. O GPL foi fundado em 13 de abril de 1998 e eu ingressei, assim, meio que não querendo, dia 17 de junho de 1998, com a ficha cadastral 033. E lá estou até hoje, desde 2000 exercendo as atividades de presidente de um grupo que para muitos e para mim também, funciona como uma família, com a matriarca a tentar disciplinar os poetas tão indisciplinados quanto poetas!
            Agora, em 2011, iniciei mais um concurso on-line, com tema inspirado em texto de um membro do grupo, Neomar Júnior, intitulado “A Casa Caiu”.
            A expressão tem conotações diferenciadas e cada poeta a interpretou à sua maneira.
            O que não foi dito no relatório, já no site do grupo, digo aqui. Recebi, pois veio por um email que fiz para isso dada a dificuldade de acontecer pelo site, poetas de cidades que não sabia que existiam no Brasil. Essa diversidade é que me encanta. Um poeta de Saitama, Japão, e uma poetisa de Paris, França, entre os participantes. Ambos brasileiros. Desta vez não recebemos argentinos, talvez por não estarem no Orkut, que o nosso Mané da Ilha diz “iogurte”.
            Pois bem muitos os envolvidos, poucos os classificados, mas que incentivo a não desistirem. De minha parte já participei de vários concursos e tive a satisfação de receber, somente em um, o prêmio de 1º. Lugar com o poema “Sete Gotas”, no concurso nacional Geraldo Luz de Poesia, instituído pela Academia de Letras Blumenauense, em 2000 e àquela cidade amiga, fui receber meu troféu de cristal, fabricado na Companhia Hering de Cristais (num comercial gratuito por ser empresa catarinense!). Delicado, guardado a sete chaves! Nos outros, só certificado de participação que guardo em meus alfarrábios.
            Pois bem, toda esta digressão é para dizer que fiquei particularmente muito feliz e também com a presença em minha casa dos associados do GPL que sempre me ajudam a julgar as poesias, utilizando a “Prece de um Juiz”, do juiz-acadêmico João Alfredo Medeiros Vieira que em um trecho diz assim
                        (...)“Que o meu veredicto não seja o anátema candente e sim a mensagem que regenera, a voz que conforta, a luz que clareia, a água que            purifica, a semente que germina, a flor que nasce no azedume do coração     humano. Que a minha sentença possa levar consolo ao atribulado e alento ao            perseguido. Que ela possa enxugar as lágrimas da viúva e o pranto dos órfãos.       E quando diante da cátedra em que me assento desfilarem os andrajosos, os           miseráveis, os párias sem fé e sem esperança nos homens, espezinhados,             escorraçados, pisoteados e cujas bocas salivam sem ter pão e cujos rostos são lavados nas lágrimas da dor da humilhação e do desprezo, AJUDA-ME,       SENHOR, a saciar a sua fome e sede de Justiça.”
                        (...)
                        “AJUDA-ME, SENHOR! Quando me atormentar a dúvida, ilumina o meu espírito, quando eu vacilar, alenta a minha alma, quando eu esmorecer,       conforta-me, quando eu tropeçar, ampara-me.”
                        “E QUANDO UM DIA finalmente eu sucumbir e então como réu         comparecer à            Tua Augusta Presença, para o eterno Juízo, olha compassivo            para mim.”
                        “Dita, Senhor, a Tua sentença.”
                        “Julga-me como um Deus.”
                        “Eu julguei como homem.”

            Assim, Neomar Júnior, eu, Eunice Tavares e Licinho Campos, procuramos usar esta prece e nos colocar no coração de cada poeta para bem julgar, com a convicção de que todos são bons, porém num concurso “poucos são os escolhidos”.
            Assim, entre os escolhidos, em terceiro lugar, faceiro da vida, está o Edweine Loureiro da Silva, natural de Manaus, mas residindo em Saitama, Tokyo, Japão, com o seu certificado que enviei por email e ele compôs muito bem. A foto está ao lado.    Ele e sua amada Nao Yamada compartilham da nossa alegria.
            Que venham outros poetas, sobretudo porque “não basta ser poeta, tem que participar”, tanto que eu também não desisto e continuo participando de concursos, um dia também serei contemplada novamente.
            E isto faz um bem!!
            Maura Soares, aos 12 de junho de 2011.

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