EM PLENO DEZEMBRO
Em pleno dezembro
em que em outros tempos o calor abrasa
Chuva, vento, tormento balançando as casas
Água escorrendo, escorrendo pelas telhas
E eu a me encolher em ais de lamento
Aqueço-me nas cobertas
Pra fugir do desalento
Que tua falta faz em meus ditosos braços
Sinto falta de ti, dos teus abraços
Pra me aquecer na madrugada fria
E quando pela manhã
o sol dá o ar da graça
o vento ainda forte balança a cortina
e bate a vidraça
aguardo ainda teu calor
pra ajudar-me a aquecer o amor
e não cair em desgraça.
Ditoso amor, onde estavas
quando a chuva e o vento
com fúria chegaram?
Deixaste-me só a sofrer a desventura
e o desejo louco de correr para os teus braços.
Aos 14/12/2009- 6.12h – horário de verão
[da minha obra inédita "Um amor para lembrar"]
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