sábado, 17 de setembro de 2011

Nas intempéries de 2010, fiz este poema.

Tudo isto na Ilha é aterro. O navio Hoepcke no cais Rita Maria.
É de se lamentar que esta paisagem desapareceu. Sinal dos tempos. Fazer o que?

VENTO QUE VEM

Vento como um furacão, destrói casas,
mas não o coração que,
com esperança, aguarda o amor para AMAR.
Este vento destruiu parte da Ilha, ruas,
veredas e muitas trilhas, ajudado pela maré alta
Batendo nas vidraças com fúria, pessoas assustadas com as águas,
ruas alagadas, trânsito parado, noite de terror
Casas nas encostas a deslizar,
levando pertences da população
O vento vem com remoinho levando tudo pelo caminho
Vem a madrugada e numa forte lufada leva mais coisas embora
deixando a mãe que chora a perda de seus haveres,
o filho pra cuidar, muitas bocas para alimentar
Com a força da maré o mar chega e destrói
Nas casas à beira da praia vem com tudo e corrói
abalando os alicerces
Um verdadeiro temporal deixando a cidade em polvorosa, choros,
tristezas o vento vem e vai
O dia amanhece
O vento acalma
A esperança cresce para aplacar a dor.
Aos 19 de maio de 2010, 6.55h manhã.

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