O FILHO. A MÃE.
Não importa
como nasce um filho, se num casebre ou numa mansão; se num berço de luxo cercado
de enfermeiros ou sozinho com aquela que o gerou.
Um filho é um
filho – a continuação de tua espécie, que geraste em teu ventre por nove meses;
é aquele em quem depositaste teus sonhos, tuas esperanças em um mundo melhor.
Um filho é uma
bênção de Deus; é o desejo que se torna realidade para muitas mulheres.
O ser gerado
no amor ou na dor, não importa; será aquele que irá seguir seu caminho na
evolução da espécie.
Um filho, de
acordo com o gens, poderá ser bom ou mau; poderá reconhecer o sacrifício
daquela que o gerou, ou não.
Toda mãe deve
orientar seu filho nos primeiros sete anos, ou no primeiro setênio,, como tão
bem disse Rudolf Steiner(*).
Todas as
virtudes, todos os caminhos para o bem devem ser incutidos na mente e no
comportamento do filho, seguindo até completar os sete anos.
Se demonstrares
irregularidades em tua vida e achares teus comportamentos verdadeiros, teu
filho irá seguir, pois assim tem o exemplo.
Desde cedo
oriente teu filho para o bem, para a amizade, para o carinho, para a
compreensão, para o amor ao trabalho.
Mães displicentes
geram filhos desgarrados.
Por mais
humilde que seja o lar, ele deve ser asseado, cada coisa em seu lugar.
A desordem
gera a desordem.
Assim é tudo
em nossa vida e deve começar pelo lar, com compreensão, com fé num mundo
melhor, com carinho.
Dá, mãe, tudo
de ti para orientar teu filho, dá coragem para ele enfrentar o mundo – “embora venham ventos contrários” -; dá a ele a força, a energia, a vontade de
vencer, não sobrepujando outros, mas vencer pelo trabalho, pela honestidade,
pela competência.
Tendo tudo
isso, teu filho poderá sair de casa, deixar tua proteção diária e ir em busca
do seu destino. Dirás para ele: “Vá,
filho, és o Senhor de tua própria história. Siga teu caminho e não te abate
ante os problemas. Vence. Sei que serás capaz”.
Poderás, mãe,
ter certeza que ele sozinho saberá vencer todas as adversidades e se tornar um
homem capaz de também orientar seu filho quando ele vier para continuar no
caminho da evolução.
Lembra, mãe,
que tudo, tudo mesmo, tudo o que acontecerá ou que deverá acontecer ao teu
filho no futuro, deverá ter passado pelo Amor, pois se não houver Amor, nada
valerá a pena. Mesmo que teu filho fique coberto de ouro a sua alma será vazia,
pois faltará o único elemento deixado pelo Mestre Jesus: o AMOR – aquele que
move todas as montanhas das adversidades.
E que assim
seja, porque assim será.
Profª. Maura Soares
(Por
inspiração, dia 14 de agosto de 2013, às 05.28h, manhã)
(*) Rudolf Steiner,
nasceu em Kraljevec, na fronteira austro-húngara, em 27
de Fevereiro de 1861, e faleceu em Dornach, Suíça, em 30
de Março de 1925). Foi filósofo, educador, artista e esoterista.
Foi fundador da Antroposofia, da Pedagogia
Waldorf, da agricultura biodinâmica, da medicina antroposófica e da Euritimia, esta última criada em conjunto com a colaboração
de sua esposa, Marie Steiner-von Sivers.
Seus interesses eram
variados: além do ocultismo, se interessou por agricultura, arquitetura,
arte, drama, literatura, matemática, medicina,filosofia, ciência e religião.
Sua
tese de doutorado na Universidade de Rostock foi sobre a teoria do conhecimento de
Fichte.
Após
terminar os estudos dedicou-se a partir de 1883 a editar as obras científicas de Johann Wolfgang von Goethe. Tornou-se
profundo conhecedor da obra de Goethe, escrevendo inúmeras obras sobre este,
dedicando-se à explicação do pensamento do autor alemão. Ao mesmo tempo
escrevia sobre assuntos filosóficos.
Após
um período de vivência em Berlim, Alemanha, no qual
sobreviveu como escritor de uma revista literária, Steiner ininterruptamente
aderiu a uma trajetória de conferencista e escritor, desenvolvendo a Ciência
Espiritual Antroposófica, ou Antroposofia.
Entre 1902 e 1912, ele foi o líder da Sociedade Teosófica na Alemanha, mas rompeu com esta e
fundou a Sociedade Antroposófica. O motivo do rompimento de Steiner com
a Sociedade Teosófica foi que eles não davam a Jesus Cristo e o Cristianismo um lugar especial, mas ele também
incorporou conceitos do Hinduísmo, como karma e reencarnação.
Em
Dornach construíram a sede da Sociedade Antroposófica, denominada Goetheanum onde está atualmente a Escola
Superior Livre de Ciência Espiritual. O primeiro Goetheanum foi
destruído por um incêndio em 1922. Foi reconstruído e
tem participação importante na obra de Steiner como um grande centro de
contribuições para os campos do Conhecimento Humano. Steiner, entre outras
obras, dedicou-se principalmente aos campos da Organização Social, Agricultura, Arquitetura, Medicina, e Pedagogia; também Farmacologia e no tratamento de crianças com a Síndrome de Down, dentro da Pedagogia Curativa.
Oferecendo
alternativas além das condições materiais de soluções de todos os problemas dos
quais tratou, Steiner obteve reconhecimento mundial. Em todos os continentes
surgiram centros de atividades antroposóficas como desdobramentos práticos da
Ciência Espiritual por ele desenvolvida.
Fonte:Wikipédia
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